Neste estudo inédito, a GarciAIgnacio Network Thinking, em parceria com a Rede Líderes Digitais, mapeou os fluxos de
300 líderes que trabalharam em mais de 1200 empresas digitais no Brasil durante os últimos 10 anos.
A rede abaixo ilustra as trocas de executivos entre + 1200 empresas digitais, e em processo de digitalização, no Brasil durante a última década.
Esta rede tem 1.495 nós (pontos da rede).
1.205 são empresas nativas digitais ou com negócios digitais.
Em vermelho destacam-se as empresas que receberam investimentos acima da média nos últimos 10 anos.
Em
verdes
os 290 são líderes (CEOs e CTOs) que ocupam ou ocuparam cargos nestas empresas.
Os links entre os nós representam dois tipos de vínculos:
Trabalha/Trabalhou com, e
Trabalha/Trabalhou em”.
As empresas que ocupam o componente central da rede, são todas nativas digitais, com algumas exceções como o banco Itaú e o Grupo Boticário.
Os segmentos mais representados (retirando universidades) são:
1. Finanças, 2. Saúde, 3. Varejo, 4. Transporte, e 5. Delivery.
Com um coeficiente de agrupamento de 0,6 e uma média de passos de separação de 3, o componente central é o que, em ciência de redes, se denomina de "pequeno mundo" e que aqui chamaremos de "circuito fechado" ou simplesmente de "bolha".
Esta bolha concentra a maior quantidade de circulação de executivos com mindset digital do Brasil.
Das 10 empresas que incorporaram mais executivos nos últimos 10 anos, 6 delas receberam mais de 4,57 bilhões de dólares (bem acima da media das restantes).
Elas possuem um nível de intermediação de rede (betweenness) 3 vezes maior do que as outras, ocupando posições estratégicas para atrair executivos de alto nível e, assim, obter mais financiamento.
Diversas pesquisas de mercado posicionam praticamente as mesmas empresas que compõem esse circuito/bolha como as mais admiradas pela inovação na área de produtos.
"Panorama do Mercado de Produto 2024-2025" da PM3 e Bain & Company.
O fluxo de líderes (CTOs e CEO) de empresas digitais é dominado por um circuito fechado de empresas como: Nuvank, Rappi, Mercado Livre, iFood, Loft, 99 e Loggi.
Estas empresas ocupam posições-chave na captação de executivos que aportam conhecimentos, boas práticas e modelos de gestão próprios de empresas digitais, atraindo maiores investimentos.
Há vários grupos de
empresas digitais desconectadas do circuito principal, revelando uma
rede pouco coesa e densa o que nos indica um claro
desafio
para o desenvolvimento do ecosistema de inovação brasileiro.
Os resultados deste mapeamento nos indicam a necessidade de incentivar conexões entre empresas e executivos, "furando a bolha" do circuito fechado das nativas digitais pelas quais circulam os principais líderes e criando pontes estratégicas com empresas digitais e em processo de digitalização para ampliação do ecossistema de negócios.
Garcia Ignacio
Antropólogo Digital e CEO da AI Network Thinking
SaaS para o mapeamento e desenvolvimento das redes de stakeholders internos.
Serviço de mapeamento e posicionamento estratégico nas redes de stakeholders externos.